Estação espacial MIR cai no Pacífico após 15 anos de serviços
Depois de 15 anos de serviços prestados à pesquisa espacial e à ciência, a estação espacial russa MIR caiu no Oceano Pacífico no dia 23 de março de 2001. A queda da gigantesca estrutura deixou um rastro de fogo e fumaça no céu das Ilhas Fiji em sua despedida. Destroços da estação caíram numa área chamada de “cemitério”, que fica a 3 mil quilômetros ao sudoeste da costa da Nova Zelândia. Pedaços da estação se desintegraram quando ela entrou na atmosfera terrestre, mas entre 20 e 40 toneladas de metal foram para o fundo do mar.
A estação russa era uma enorme estrutura de 136 toneladas, composta por vários módulos cilíndricos, antenas e painéis solares. A estação espacial estava em órbita desde 1986 e serviu como um laboratório de pesquisa da microgravidade, em que equipes de pesquisadores conduziram experimentos de biologia, biologia humana, física, astronomia, meteorologia e nos sistemas da nave espacial com uma meta de desenvolver tecnologias exigidas para a ocupação permanente do espaço.
A MIR foi a primeira estação espacial em órbita projetada para ser habitada por longos períodos e detinha o recorde de maior presença humana contínua no espaço – 3.644 dias -, até ser superada pela Estação Espacial Internacional (da sigla em inglês ISS), em 23 de outubro de 2010. A MIR detém o recorde do humano que mais tempo permaneceu no espaço, o russo Valeri Polyakov, que ficou na estação por 437 dias e 18 horas, entre 1994 e 1995.
A MIR foi ocupada por um total 12,5 anos durante sua vida útil de 15. Ela tinha capacidade para uma tripulação residente de três pessoas, ou poderia receber tripulações maiores para curtos períodos. Em 2001, o custo total da MIR, durante toda a sua existência, foi estimado em US$ 4,2 bilhões.
Fonte:History